terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Um dia vou conseguir perceber a lógica...do trabalho!

Lógica do dia, quanto mais se trabalha, mais trabalho nos dão!

Aqui há uns tempos uma directora de uma escola confessava-me: "sabe, eu sei que isto não tem lógica, mas a nossa maneira de reconhecer o trabalho dos professores que realmente desempenham um bom papel é dar-lhes mais trabalho! Parece castigo, mas a verdade é que confiamos mais em quem dá mais provas e acabamos por sobrecarregar os realmente bons. Os outros, que tentam passar despercebidos, acabam por passar mesmo, porque ninguém confia neles, logo ninguém lhes pede mais nada"

Ora isto é mesmo verdade. Quem trabalha bem, quem dá provas da sua competência, quem se esforça, quem dá o litro, quem veste a camisola, quem diariamente investe, acaba por ser "recompensado" com mais trabalho. 

Contra mim falo, quando tenho alguma coisa urgente para fazer, algum recado importante para deixar, algo para delegar, peço sempre às mesmas pessoas: aquelas em quem já confiei (e correu bem), aquelas que já mostraram ser capazes e competentes (e despachadas). Ás outras não peço nada. E realmente, quem menos se esforça menos responsabilidades acumula. Porque temos receio que falhe, que não seja capaz e preferimos fazê-lo nós.

O problema é que quem é bom (apesar de fazer um esforço consciente por perceber que se é solicitado é por ser efetivamente bom) acaba por se cansar de ser sempre chamado "ao trabalho", quando quem está ao lado, nas mesmas condições, acaba por não ter nem metade das responsabilidades.

No fundo até percebo a lógica e reconheço que não tem muita lógica. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Um dia vou conseguir... trabalhar menos!

Gravidez não é doença. Certo.
Não havendo complicações clínicas associadas à gravidez, podemos fazer uma vida perfeitamente normal. Certo.

É nisto que penso enquanto vou mantendo as atividades "normais". Também é certo que não consigo/ não posso / não devo manter o nível de treino físico que mantinha antes de engravidar. E é certo que já me custam fazer algumas coisas que fazia com facilidade no dia-a-dia. Tenho uma barriguinha que ás vezes atrapalha certos movimentos. Aceito isso muito bem, e re-organizo-me ou adapto-me perfeitamente.

Ao nível de trabalho a coisa complica-se. Isto porque eu não sei trabalhar a meio gás. Não sei diminuir o ritmo ou abrandar. Quer dizer, saber, sei! Conscientemente começo o dia a pensar que vou trabalhar com menos intensidade, tentar fazer apenas uma tarefa de cada vez, fazer pausas frequentes, etc. A meio da manhã dou por mim num multi-tasking quase violento: atendo telefonemas, enquanto dinamizo a página institucional no facebook respondo a e-mails e faço atendimentos individuais (e respiro).

No final do dia dou por mim a pensar que amanhã é que vai ser, amanhã vou ter um dia mais calmo e sossegado. E como é lógico, já devem ter percebido que não, não consigo. A verdade é que estou habituada a um ritmo forte, rápido e intenso e é assim mesmo que gosto. Quando acalma, já estranho. Nos meses mais calmos (que os há - Agosto e Dezembro principalmente) até me incomoda fazer as coisas com calma, mas vou apreciando (o bom tempo e o Natal) com a certeza que Setembro e Janeiro são intensos.

E depois há o raciocínio constante que tenho de fazer para me lembrar que não vou trabalhar (previsivelmente) em Maio e Junho e Julho e Agosto... A maior parte das vezes esqueço-me e começo a programar coisas a longo prazo. E depois lembro-me que não posso. Alias, em Abril já nem devia. Mas a verdade é que dou por mim a querer dar resposta a tudo e mais alguma coisa e esqueço-me que Fevereiro já vai a meio e Março está aí à porta.

Tenho de me lembrar mais vezes disto e pensar que um dia vou conseguir trabalhar menos! Um dia, mas ainda não foi hoje!


JS

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Um dia vou conseguir...entender a lógica da Ordem!

Permitam-me o desabado mais pessoal (menos característico do blog, mas eu avisei que o blog tinha mudado!).

Encontro-me inscrita como membro efetivo da minha Ordem profissional. Logo, tenho de pagar quotas. Pago anualmente um valor X.

Este ano, vou ter de interromper a minha atividade profissional por motivo de licença de maternidade. Questionei a Ordem sobre a possibilidade de suspender a minha inscrição nesse período. A resposta foi clara, mas não lógica. Posso suspender, claro. E o valor a pagar será re-calculado para não incluir os meses de inatividade. MAS, quando reativar a inscrição estou sujeita a pagar um valor Y.

Como já devem ter calculado o motivo do desabado é que o valor Y que me exigem  é superior ao valor que me iria ser reduzido por suspender por os tais meses. Feita as contas, fica-me mais caro suspender a inscrição e depois reabri-la do que manter tudo como está e pagar o ano civil completo (mesmo não exercendo durante os meses da licença).

E pergunto eu: isto tem lógica? Estou com dificuldade em entender a lógica de ter que pagar mais por querer suspender do que fazer de conta que posso exercer. Sou só eu que acho que não tem lógica? Nas outras Ordem também funciona assim?