quarta-feira, 29 de maio de 2013

Significado(s)

Ás vezes questionam-me o que é que X ou Y significa. Estamos habituados a atribuir significados a tudo. Ao tempo, ao transito, às atitudes, aos comportamentos, aos acontecimentos, às histórias, a tudo!

E a resposta, invariavelmente, será: o que é que quer que signifique? o que deixa as pessoas sempre muito perplexas!


A proposta de reflexão de hoje é mesmo essa. Quem escolhe o que significam os acontecimentos somos nós.

Ás vezes atribuimos significados que não gostamos e/ou não nos ajudam. Outras vezes atribuimos significados positivos/ que nos ajudam. E se pensarmos que essa escolha é da nossa responsabilidade, a vida pode tornar-se mais simples!

Exemplos práticos:
1 - Recentemente sairam notícias a falar do tempo menos característico desta altura do ano, possibilidades de não existir Verão, etc, etc. - vamos lá à nossa pergunta:o que é isso significa? as reações que tenho obtido, são "significa que as férias estão estragadas", "significa que há mais transito", "significa que não podemos usar roupas mais leves", "significa que até o tempo está em crise" (ouvi mesmo esta explicação e achei tão curiosa!)
ora e se não significasse nada disto??
Porque se eu escolho o que significa, posso escolher que signifique que a chuva fará com que não haja tanto polén a circular no ar (logo as pessoas com problemas respiratórios saem beneficiadas), significa que vou poder continuar sem ligar o ar condicionado, e pode não significar nada, porque é apenas uma possibilidade/ previsão que pode até nem se concretizar.


2- Partilharam comigo o seguinte "o meu chefe está sempre a dar-me mais trabalho, deve mesmo odiar-me, deve fazer isso só para me chatear"
Estamos perante um significado, escolhido pela pessoa, para representar um acontecimento recorrente no seu dia a dia - o chefe atribui-lhe mais trabalho, logo o chefe não deve gostar da pessoa.
Vamos mudar o significado? "o meu chefe está sempre a dar-me mais trabalho, deve confiar mesmo em mim para me atribuir tantas responsabilidades"; "o meu chefe está sempre a dar-me mais trabalho, deve achar que eu desempenho bem as minhas tarefas"; "o meu chefe está sempre a dar-me mais trabalho,deve saber que eu resolvo sempre tudo o que me pede"
e poderiamos continuar por aí!


agora pergunto: e todas aquelas coisas que interpretamos negativamente na nossa vida? Podemos re-significá-las para as tornar positivas?

Boas reflexões,


JS

terça-feira, 21 de maio de 2013

Medo - parte 3!

Retomando  a questão do último post: que outras estratégias perante o medo conhecem?

Pretendo falar-vos de, pelo menos, mais uma: a valentia!
Ao contrário das outras apresentadas, uma estratégia de valentia permite avaliar caso a caso a situação em que nos encontramos e, perante a informação recolhida, adotar a estratégia mais produtiva para aquela situação específica.

Ou seja, em função do contexto em que me encontro, escolho a estratégia que melhor de adequa! Usar sempre a mesma estratégia é ser inflexível!

Se sabemos que a flexibilidade (comportamental, mental) anda de braço dado com o sucesso, então todos os esforços para nos tornar-mos cada vez mais flexiveis tenderão a aproximar-nos do que pretendemos!


Já identificaram se são flexíveis ou inflexíveis nas vossas escolhas?


Boas reflexões,


JS

terça-feira, 14 de maio de 2013

Medo - parte 2 - O prometido é devido!

Pois bem, se prometi falar-vos de outras reações ao medo, hoje é disso mesmo que vou falar.


perante uma situação de medo, que outras reações podemos ter?

Falo-vos destas:
Fuga
Ataque
Submissão


Assumimos uma atitude de fuga, quando nos desviamos da situação que nos causa medo. Quando procuramos refugirar-nos no trabalho para desviar a atenção dos problemas em casa. Quando dizemos estar demasiado ocupados para ir àquele compromisso (que nos intimida). Quando preferimos ficar em casa do que arriscar "confronto" com aquela pessoa. Quando nos despedimos de um trabalho que nos provoca medo. Quando desistimos de estudar.


Assumimos uma atitude de ataque, quando confrontados com uma situação que nos desencadeia medo, decidimos ir em frente. Quando provocamos uma discussão. Quando confrontamos o outro antes de sermos confrontados. Quando nos colocamos num estado de fúria, revolta.


Assumimos uma atitude de submissão quando, perante uma situação que nos intimida, nos deixamos estar. Não reagimos e nos submetemos ao que nos é pedido, ao que nós é "proposto" mesmo que seja contra a vontade que temos. Quando delegamos as decisões da nossa própria vida. Quando nos preferimos "queixar" a mudar as coisas.


Que outras atitudes perante o medo conhecem? Qual é a estratégia que costumam usar? Costuma resultar?

Na próxima falo-vos na estratégia que parece resultar melhor para a maioria das pessoas.


Boas reflexões,

JS

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Um dia vou ter menos.... medo!

Hoje queria-vos falar de .. MEDO!


Recentemente na dinamização de um workshop um dos participantes perguntou-me se era possível não se saber o que se quer. E, sendo, como poderia resolver isso. Explorando um pouco mais a questão, o/a participante partilhou que provavelmente até sabia o que queria, mas preferia não verbalizar. Um pouco mais de exploração e surgiu a derradeira partilha: medo de partilhar por medo de falhar! Partilhar tornava os objetivos mais reais e, consequentemente, mais real o medo de depois não conseguir.

Assim, hoje decidi falar-vos do medo. O medo é uma constante na nossa vida, todos já o experienciamos em maior ou menor medida e a verdade é que vamos continuar a experienciar pela nossa vida fora. Medo de quê? Pois bem, de muita coisa... mas um dos maiores medos (e mais comuns): o medo de falhar! Medo de não ser bom os suficiente, medo de desiludir os outros, medo de não conseguir, medo de não corresponder às expectativa (nossas e dos outros).

E se tudo fosse muito simples, experienciavamos o medo como outro estado emocional qualquer e pronto. Mas nós temos tendência a complicar e o medo de falhar passa, muitas vezes, à paralisia. Qual é a unica forma que conhecem de não falhar? É não fazer! Se eu não fizer, certo é que não vou falhar.

e quais as consequências de não fazer? é ficar no mesmo sítio, no mesmo lugar, no mesmo estado, na mesma situação! Há algum problema com isso? Sim e não. Sim, se esse não for o meu objetivo e eu não estiver satisfeito com isso. Não, se estiver satisfeito e não pretender mudar.

Como é que o medo se manifesta? De muitas maneiras. E uma delas é adiar. Adiar a mudança, adiar a tentativa, adiar o fazer. Adiar para um futuro distante, para qualquer dia, para um dia. Mas hoje é o melhor dia para a mudança acontecer. Porque já não posso alterar o que fiz ontem e porque apesar de prever, não posso garantir que o faça amanhã.

Ás vezes quando confrontados com a mudança, dizemos: "hoje não posso", "tenho outros compromissos" ou "ando muito cansad@", "talvez na próxima", " não é a altura ideal", e "fugimos" do confronto com o que nos faz pensar e o que nos pode fazer mudar....

Na próxima vez falo-vos das  outras possíveis reações ao medo! para já, fica o desafio: e vocês, têm medo? Como lidam com isso? O que fazem para ter menos medo?

Boas reflexões,

JS

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Falta de tempo!

Esta semana investi algum do meu tempo a energizar empresas e pessoas, transmitindo alguns conceitos que poderão fazer a diferença no dia-a-dia de todos.

Nas partilhas proporcionadas pela interação, várias foram as pessoas que alegaram "falta de tempo", com um denominador comum a não cumprirem os seus sonhos ou não andarem perfeitamente satisfeitos com as suas vidas.

Falta de tempo.


Mas o tempo não é igual para todos? A cada dia são-nos depositadas na nossa conta 24 horas. Ao fim das 24 horas, o tempo desse dia esgota. E são-nos depositadas mais 24 horas que deveremos gastar/fazer uso nesse novo dia/novo período. Todos temos acesso às mesmas 24 horas, o que escolhemos fazer com as horas que temos é que varia.

Quanto alguém me diz que tem falta de tempo, eu pergunto "tem falta de tempo ou atividades a mais?". Ninguém faz milagres com a gestão de tempo. O tempo é um recurso limitado. ponto final. A maneira como escolhemos fazer uso do nosso tempo é que faz a diferença para sentirmos se afinal o que escolhemos valeu o tempo ou foi uma perda de tempo.

Para "arranjar" mais tempo, podemos hierarquizar as nossas atividades e as nossas prioridades. Saber bem, afinal, o que queremos com o nosso tempo? De que forma queremos usá-lo? Falta de tempo normalmente é o equivalente a falta de motivação. Porque quando se está focado e motivado num determinado objetivo o tempo surge quase por magia. Encontramos um periodo livre na nossa agenda, abdicamos desta ou aquela atividade e o tempo livre surge.


como é que voces querem investir o vosso tempo?


Boas reflexões,

JS