Hoje numa dessas situações, deparei-me com uma pessoa que, a cada pergunta que fazia (e mesmo perante qualquer resposta dada, fosse qual fosse), fazia seguir uma nova pergunta começada por "e se....?"
O diálogo resultou em qualquer coisa deste género - que não foi replicar para proteger a confidencialidade da pessoa em questão:
"E se depois não me chamam?"
(resposta)
"E se me chamarem e eu não puder ir?"
(resposta)
"E se eu for e não gostar?"
(resposta)
"E se eu for e depois tiver de desistir?"
(resposta)
"E se não for?"
(resposta)
"E se eu não for e depois me arrepender?"
(resposta)
"E se.." bem, aqui veio a minha primeira interrupção - "e se em vez de antecipar cenários vivesse um dia de cada vez?"
outros exemplos:
E se a crise não passar? E se no final do ano continuar desempregado? E se não conseguir mudar de emprego? E se não conseguir ir de férias? E se não tivermos Verão? E se aquela reunião correr mal? E se não conseguir fechar aquele negócio?
claro que podemos ter "ses positivos": exemplo, E se tudo correr com eu quero? E se a reunião correr bem? E se conseguir mesmo fechar aquele negócio? E se o Verão for o melhor de sempre? E se a crise passar?
mais uma vez, o que é que muda? Em que interfere o "se" na nossa vida?
E se, em vez de tentarmos planear tudo, antecipar tudo, préocuparmo-nos (sim, eu sei que não tem acento no é) com tudo, decidíssemos pura e simplesmente parar e deixar fluir?
Porque ás vezes, os "ses" não acrescentam nada. Porque ás vezes os "ses" fazem-nos sofrer por antecipação. Porque ás vezes os "ses" nunca chegam a acontecer. Porque ás vezes os "ses" nos limitam, nos condicionam, nos prendem mais do que nos ajudam. Porque ás vezes o "se" cria uma expectativa.
Quantas vezes pensou hoje: " e se....?"
Que resultados é que obteve com isso?
um dia vou conseguir deixar de viver a vida a pensar nos "ses"...hoje é o dia!
Boas reflexões,
JS
Sem comentários:
Enviar um comentário
hoje é o dia...em que vou comentar este blog!